terça-feira, 15 de março de 2011

AVRIL LAVIGNE - Goodbye Lullaby

Na capa do seu quarto disco, Avril Lavigne está empoleirada em um piano no meio do mato, com olhar ameaçador. Assim como a personagem de Natalie Portman no filme Cisne Negro, Avril demorou, mas saiu do mundo cor-de-rosas e aprendeu a jogar com os lados de garota boa e ruim. E se impôs: pela primeira vez assina composições sozinha, metade das 14 músicas. Revelando o excesso de estridência do canto, ela é melhor quando é muito safada (no single "What The Hell", auge da sua faceta piriguete, e no verso "Você sabe que eu sou uma p* maluca e só faço o que eu quero", de "Smile") ou muito boazinha (na balada "I Love You" e no clima Coldplay da abertura e do encerramento, com "Black Star" e "Goodbye")
FONTE: Revista Billboard Brasil ed.17; Março-2011




Já distante da rebeldia adolescente, a artista esboça maturidade em álbum que traz baladas melancólicas como "Black Star". O (bom) 'single' "What The Hell" até destoa do disco e da intenção de Avril.
FONTE: Jornal O DIA,  segunda-feira, 28 de março de 2011




Quase dez anos após vender milhões de cópias comLet Go, Avril Lavigne tenta provar que aquela garotinha revoltada cresceu. Goodbye Lullaby, seu quarto trabalho, chega ao mercado após uma considerável turbulência. Inicialmente o disco seria lançado em novembro de 2009, mas a gravadora “pediu” que a cantora tornasse o trabalho mais urbano. O resultado é um álbum irregular. “What the Hell”, primeiro single, soa íntimo ao retratar sua separação com Deryck Whibley – que assina a produção de oito faixas de Goodbye Lullaby. Mesmo assim, a canção se perde em meio a um refrão desnecessário. “Push”, ao explorar as dinâmicas de um relacionamento, traz refêrencias a elementos que ajudaram a construir seu primeiro trabalho: riffs leves e letras açucaradas. Questionamentos e simplicidade marcam “4 Real” e “Remember When”, que não devem nada a estrelas contemporâneas como Katy Perry e Taylor Swift. Já “Stop Standing There”, “I Love You”, “Everybody Hurts” e “Not Enough” inauguram uma sequência cansativa de baladas que evidenciam o contraste entre a tentativa de soar adulta com uma rebeldia adolescente ainda presente. Marcado por violões e letras autobiográficas, Goodbye Lullaby tenta desesperadamente compartilhar um interior artístico ainda longe de estar completamente formado. E deixa claro que, apesar de mais prudente, a cantora ainda não consegue se libertar de sua alma adolescente.
FONTE: Revista Rolling Stone ed.55; Abril-2011

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