quarta-feira, 13 de abril de 2011

FOO FIGHTERS - Wasting Light

O grupo de Dave Grohl volta à cena com disco de peso - com trocadilhos. Guitarras em fúria encorpam temas como "Bridge Burning" e "white Limo". Até as baladas, caso de "Dear Rosemary", têm pegada.
FONTE: Jornal O DIA, segunda-feira, 11 de abril de 2011;




Anunciado pelo guitarrista e vocalista Dave Grohl, 42 anos, como “o disco mais pesado já feito pelo Foo Fighters”, o sétimo trabalho do grupo faz valer o alarde na chuta-portas “Bridge Burning” e na metaleira “White Limo”, com um Grohl de voz irreconhecível de tão distorcida e clipe com participação de Lemmy Kilmister, do Motörhead. Mas o Foo Fighters não pretende esmurrar ouvidos o tempo todo. Os gritos e sussurros de “Arlandria”, “These Days” e “Rope” comprovam que o pop ainda tem vez, mesmo sem sequer um violão para contar história. Produzido por Butch Vig (de Nevermind, do Nirvana), o disco tem o baixista Krist Novoselic e o guitarrista Pat Smear – ex-parceiros de Grohl na banda liderada por Kurt Cobain (1967-1994). A reaproximação com o passado ensaiada na gravação com Vig das duas inéditas do Greatest Hits do Foo Fighters lançado em 2009 se confirma nos novos clipes em VHS e nas gravações só com equipamento analógico na garagem da casa de Grohl, em L.A. Segundo ele, ter dois filhos o fez perder o medo de manter o olhar voltado para 1990 e poucos durante as sessões. Há crises de meia-idade que vêm para o bem...
FONTE: Revista Billboard Brasil ed.18; Abril-2011


Não por acaso o Foo Fighters é uma das maiores bandas de rock da atualidade. O novo disco mistura baladas e rocks pesados, com uma batida que tem o melhor padrão Foo Fighters de qualidade. O destaque vai para “Bridge Burning”, que faz você cantar logo na primeira vez que ouve.
FONTE: Jornal Extra, segunda-feira, 16 de maio de 2011;




Não haveria Foo Fighters sem a morte de Kurt Cobain, e ninguém deve pensar mais sobre isso do que Dave Grohl. Após 17 anos, a questão funesta ainda lhe pesa as ideias, e a cada novo álbum fica mais evidente que sua maior motivação é superar fantasmas relacionados ao ex-parceiro. É verdade que muitas das letras deWasting Light versam sobre o tema (“as memórias continuam a me assombrar”, ele canta em “Arlandria”), porém a leitura atenta das entrelinhas oferece visão menos enegrecida: a real é que Grohl há muito não parecia tão disposto a tocar rock. É fácil dizer que este é o melhor disco do FF desde The Colour and the Shape (1997), mas só porque todos os álbuns posteriores primaram pela irregularidade. Produzido por Butch Vig (de Nevermind, aquele), Wasting Light é equilibrado na histeria e na calmaria. Não há faixa de destaque, o que colabora para o senso de unidade: ao mesmo tempo que faltam hits, não há momentos ruins que forcem a passagem para a música seguinte. “Dear Rosemary” traz o apoio de Bob Mould (Hüsker Dü, Sugar) e soa tão boa que dá a entender que a parceria deveria continuar. “White Limo”, “Rope” e “Bridge Burning”, esculpidas com urros intensos, ganchos cavalares e riffs de três guitarras, remetem ao pique de Foo Fighters (1995). Até os (raros) trechos suaves reservam espaço para a incontida energia do vocalista, que aos 42 anos, grita como se tivesse 21. No desfecho épico de “Walk”, ele canta sobre “aprender a andar de novo”. Bobagem: Grohl já aprendeu tudo o que precisava.
FONTE: Revista Rolling Stone ed.56; Maio-2011

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