quarta-feira, 13 de abril de 2011

THE STROKES - Angles

Depois de cinco anos sem um álbum de inéditas e com projetos solo dos integrantes da banda, o Strokes volta com um CD que tem tudo para agradar aos fãs. Não que as músicas tragam grandes novidades, já que o repertório lembra os discos anteriores, mas isso não significa que ele seja ruim. Pelo contrário.
FONTE: Jornal Extra, segunda-feira, 11 de abril de 2011;




Na música, o senso comum é um mal que cria centenas de clones reproduzindo fórmulas. Anglesempolga justamente porque não persegue aquele Strokes “clássico”, que todos se viram amando em 2001. E surpresas são bem-vindas, até essenciais, no pop. O quarto trabalho da banda representa um passo para a frente, ainda sem direção definida. A batida de reggae em “Machu Picchu” mostra um Strokes desa celerado, agora sem o peso da responsabilidade de salvar o rock. Quem busca mais do mesmo pode vestir a carapuça oferecida pelo verso inicial (“Estou colocando sua paciência em teste”). As experiências dos integrantes durante os cinco anos em que ficaram sem gravar ressoam aqui, ainda que as obsessões oitentistas do vocalista Julian Casablancas even tualmente acabem falando mais alto. Os delicados efeitos eletrônicos de “Two Kinds of Happiness” e “Games” quase nos fazem esquecer que o Strokes é uma banda de rock originalmente. Não que a sonoridade de garagem, que perseguia Velvet Underground e Talking Heads, tenha sido abandonada. “Under Cover of Darkness”, a música de trabalho, parece sobra dos discos anteriores. Para quem começou a carreira com um disco já perfeito Angles é um recomeço promissor.
FONTE: Revista Rolling Stone ed.55; Abril-2011




"Under Cover Of Darkness" - o primeiro single - até que prometia mas as outras nove faixas do álbum apontam mesmo para outra direção. A volta à sonoridade do disco de estreia Is This It ficou apenas na promessa - o que não seria um problema caso o resultado fosse igualmente impactante. E o intervalo de cinco anos entre First Impression Of Earth e Angles só fez aumentar a expectativa. Os boatos sobre o processo conturbado de gravação do disco podem explicar, em parte, a falta de unidade: "You're So Right" cheira a Joy Division, "Games" chega perto do synthpop. "Gratisfaction" é simpática e poderia ser um próximo single. A banda aponta para vários caminhos (ângulos?) sem acertar no alvo na maioria das vezes.
FONTE: Revista Billboard Brasil ed.18; Abril-2011

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