segunda-feira, 4 de abril de 2011

MAÍRA FREITAS - Maíra Freitas

Filha de Martinho da Vila, a cantora faz sua estreia com um ótimo repertório e lindos arranjos, mas um pequeno detalhe atrapalha tudo: Maíra não tem voz para seguir os passos das irmãs. Segundo ela diz nos agradecimentos, a culpa é do pai, que a incentivou a tentar a carreira. Tá perdoada.
FONTE: Jornal Extra, segunda-feira, 04 de abril de 2011




Este primeiro disco da filha pianista de Martinho da Vila surpreende positivamente. A instrumentista exibe seus dotes em temas como "O Voo Da Mosca" (Jacob do Bandolim). Mas é a cantora que se revela mais inusitada na forma com que divida sambas como "O Show Tem Que Continuar", hit do Fundo De Quintal. É samba em tom camerístico. Bom!
FONTE: Jornal O DIA, segunda-feira, 04 de abril de 2011




Com seu piano de formação clássica, Maíra Freitas conduz um belo disco de música popular. A abertura, com "O Voo Da Mosca", de Jacob do Bandolim, mostra uma boa instrumentista. O arranjo jazzístico da própria Maíra para o clássico samba "O Show Tem Que Continuar", de Arlindo Cruz, faz a canção crescer. Como compositora, se não chega a chamar a atenção em "Alô", com "Corsetet" acerta. É com delicadeza que interpreta "Recado" de Gonzaguinha. A participação de Joyce em "Monsieur Binot" (da própria Joyce) pode dar pista de uma influência. "Disritimia" aparece numa versão de piano e voz com o autor Martinho da Vila. A propósito, o pai da moça. Com a mesma beleza, "Só O Tempo", de Paulinho da Viola, brilha no arranjo de Cristovão Bastos.
FONTE: Revista Billboard Brasil ed.18; Abril-2011




Devagar, devagarinho, Martinho da Vila continua fazendo samba, amor e filhos. Maíra Freitas é a mais nova integrante de sua prole a debutar em disco, seguindo os passos de Mart’nália, a irmã mais velha que assume a função de produtora da promissora estreia da mana pianista. Por sua formação erudita, Maíra repisa a ponte que liga a música clássica à popular neste CD que concilia classe e descontração. Maíra conduz o samba do quintal ao salão em disco em que conta com o pai coruja em “Disritmia”. A pianista de mão-cheia, hábil ao revitalizar choro de Jacob do Bandolim em “O Voo da Mosca”, se revela cantora de divisões inusitadas e compositora ainda em busca de identidade. Maíra dá tratamento de câmera ao samba- canção “Se Queres Saber” com a mesma desenvoltura com que esboça um blues em “O Show Tem que Continuar”, samba do Fundo de Quintal. Mas a artista não se limita a reabrir a cortina do passado. Sua produção autoral tem toque contemporâneo e feminino, notadamente o samba “Corselet”. Maíra é saboroso fruto na frondosa árvore genealógica de Martinho.
FONTE: Revista Rolling Stone ed.56; Maio-2011;

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